A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem,
para as gotas de água que caíam de seus dedos magros
e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela,
uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente,
que é preciso aprender a olhar,
para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
Portal da Língua Portuguesa
Conteúdos da língua portuguesa, dúvidas...
domingo, 22 de fevereiro de 2015
PROGRAMA - 2º ANO - LÍNGUA PORTUGUESA
1- ESTRUTURA DO TEXTO
a) partes; b) relações entre partes; c) tema e delimitação; d) ideia principal; e) ideias secundárias;
f) ideias explícitas e implícitas; g) argumentos; h) objetivo do texto; i) significação das palavras e expressões no contexto;
2- MORFOLOGIA
a) conjunção;
b) preposição;
c) interjeição;
3- MORFOSSINTAXE
a) frase, oração e período
b) sujeito e tipos de sujeito;
c) predicado e tipos de predicado;
d) termos da oração relacionados ao verbo (obj. direto, obj. indireto, adj. adverbial, ag. da passiva)
e) termos da oração relacionados ao nome (adj. adn., comp. nominal, predicativo do suj e do obj., aposto e VOCATIVO)
f)COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
1- ESTRUTURA DO TEXTO
a) partes; b) relações entre partes; c) tema e delimitação; d) ideia principal; e) ideias secundárias;
f) ideias explícitas e implícitas; g) argumentos; h) objetivo do texto; i) significação das palavras e expressões no contexto;
2- MORFOLOGIA
a) conjunção;
b) preposição;
c) interjeição;
3- MORFOSSINTAXE
a) frase, oração e período
b) sujeito e tipos de sujeito;
c) predicado e tipos de predicado;
d) termos da oração relacionados ao verbo (obj. direto, obj. indireto, adj. adverbial, ag. da passiva)
e) termos da oração relacionados ao nome (adj. adn., comp. nominal, predicativo do suj e do obj., aposto e VOCATIVO)
f)COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
domingo, 23 de novembro de 2014
Alunos do 1º ano - Colégio Tiradentes
Parabéns pelo trabalho... os blogs ficaram ótimos, continuem postando, divulguem o trabalho de vocês.
domingo, 26 de outubro de 2014
Texto do autor David Coimbra
É preciso entender o que significa essa eleição
26 de outubro de 2014
1
Neste momento, os brasileiros ainda estão votando.
Sei que, se o PT ganhar, saberá por que ganhou.
Mas, se perder, desconfio que não saberá por que perdeu.
Não saberá por que o Brasil está tão amargamente dividido.
A divisão do Brasil não é entre esquerda e direita, nem entre pobres e ricos.
Quem acredita nessa redução, não entende o que está se passando no Brasil.
Sem entender o que está se passando, não há como avançar.
Se o PT continuar no governo, e não compreender o que acarretou a divisão,
continuará governando de forma a acentuar a ruptura.
Se for para a oposição sem esse entendimento, fará tudo para sabotar o novo
governo. E também acentuará a ruptura.
O novo governo, se for do PSDB, também terá de entender por que ganhou.
E por que o PT permaneceu tanto tempo no poder.
Se não entender, não saberá conciliar.
E, a partir de amanhã, não há nada de que o Brasil precise mais do que conciliação.
David Coimbra
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Obras: O Guarani e Iracema
"O Guarani" - Resumo da obra de José de Alencar
03/09/2012 20h 38
- Leia a análise de O Guarani
O romance tem sua ação desenvolvida na primeira metade do século XVII, iniciando-se no ano de 1604. Na primeira parte do livro, o narrador nos apresenta a D. Antônio Mariz, pai da heroína Ceci (Cecília), sendo este um fidalgo português que teria participado na fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1567.
Ele havia decidido permanecer no Brasil após derrotas portuguesas sofridas no Marrocos. Assim, ele fixa-se no Rio de Janeiro em terras que foram oferecidas por Mem de Sá como retribuição a serviços prestados à Coroa.
A casa de D. Antônio é construída tendo-se como modelo os castelos medievais europeus e ele passa a viver lá com sua família, criados e outros companheiros. A propriedade fica localizada na Serra dos Órgãos, às margens do Rio Paquequer, um afluente do Rio Paraíba, e esse é o local em que se dará a ação do romance.
A propriedade de D. Antônio Mariz é organizada de acordo com os modelos coloniais portugueses e segue um código cavalheiresco de vassalagem medieval, sendo que os criados juram lealdade eterna a seu senhor. Assim, o clima na propriedade é de um espírito patriótico e leal à Portugal. Lá habitavam, além da família, cavaleiros, aventureiros, fidalgos e até mercenários em busca de ouro e prata.
Esses eram liderados pelo ex-frei Ângelo di Lucca, que agora atendia pelo nome de Loredano. Este era um homem desalmado que abusava da cordialidade de D. Antônio e planejava destruir a família desse e raptar sua filha Cecília. Porém, ela estava sempre muito bem guardada pelo índio Peri, o herói da história. Ele havia salvado Cecília de uma avalanche de pedras e conquistou a amizade e gratidão tanto da moça quanto de seu pai.
Em certo momento, o filho de D. Antônio mata uma índia da tribo aimoré por acidente durante uma caçada, o que deixa a tribo enfurecida e com sede de vingança. Então, dois índios aimorés vigiam Ceci enquanto a moça se banhava e se preparam para mata-la quando são mortos pelas flechadas certeiras de Peri. Uma índia aimoré que viu todo o ocorrido relata os fatos para sua tribo e isso acaba desencadeando uma guerra entre a família de D. Antônio e os aimoré. (...)
O romance tem sua ação desenvolvida na primeira metade do século XVII, iniciando-se no ano de 1604. Na primeira parte do livro, o narrador nos apresenta a D. Antônio Mariz, pai da heroína Ceci (Cecília), sendo este um fidalgo português que teria participado na fundação da cidade do Rio de Janeiro, em 1567.
Ele havia decidido permanecer no Brasil após derrotas portuguesas sofridas no Marrocos. Assim, ele fixa-se no Rio de Janeiro em terras que foram oferecidas por Mem de Sá como retribuição a serviços prestados à Coroa.
A casa de D. Antônio é construída tendo-se como modelo os castelos medievais europeus e ele passa a viver lá com sua família, criados e outros companheiros. A propriedade fica localizada na Serra dos Órgãos, às margens do Rio Paquequer, um afluente do Rio Paraíba, e esse é o local em que se dará a ação do romance.
A propriedade de D. Antônio Mariz é organizada de acordo com os modelos coloniais portugueses e segue um código cavalheiresco de vassalagem medieval, sendo que os criados juram lealdade eterna a seu senhor. Assim, o clima na propriedade é de um espírito patriótico e leal à Portugal. Lá habitavam, além da família, cavaleiros, aventureiros, fidalgos e até mercenários em busca de ouro e prata.
Esses eram liderados pelo ex-frei Ângelo di Lucca, que agora atendia pelo nome de Loredano. Este era um homem desalmado que abusava da cordialidade de D. Antônio e planejava destruir a família desse e raptar sua filha Cecília. Porém, ela estava sempre muito bem guardada pelo índio Peri, o herói da história. Ele havia salvado Cecília de uma avalanche de pedras e conquistou a amizade e gratidão tanto da moça quanto de seu pai.
Em certo momento, o filho de D. Antônio mata uma índia da tribo aimoré por acidente durante uma caçada, o que deixa a tribo enfurecida e com sede de vingança. Então, dois índios aimorés vigiam Ceci enquanto a moça se banhava e se preparam para mata-la quando são mortos pelas flechadas certeiras de Peri. Uma índia aimoré que viu todo o ocorrido relata os fatos para sua tribo e isso acaba desencadeando uma guerra entre a família de D. Antônio e os aimoré. (...)
Iracema
A obra conta a história de amor vivida por Martin, um português, e Iracema uma índia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que à primeira vista. Devido a diferença etnica, por Iracema ser filha do pajé da tribo e por Irapuã gostar dela, a única solução para ficarem juntos, é a fuga. Ajudados por Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam a morar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seu amor por Martim é tão mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos, não deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalha seja travada entre os tabajaras e os pitiguaras. Pois Arapuã quer se vingar de Martin, que "roubou" Iracema, mas Martim é amigo de Poti, índio pitiguara, que irá protegê-lo.
Além disso, a tribo tabajara alia-se com os franceses que lutam contra os portugueses, que são aliados dos pitiguaras, pela posse do território brasileiro. Com o passar do tempo, Martim começa a sentir falta das pessoas que deixou em sua pátria, e acaba distanciando-se de Iracema. Esta, por sua vez, já grávida, sofre muito percebendo a tristeza do amado. Sabendo que é o motivo do sofrimento de Martim, ela resolve morrer depois que der à luz ao filho. Sabendo da ausência de Martim, Caubí, irmão de Iracema, vai visitá-la e diz que já a perdoou por ter fugido e dado às costas à sua tribo. Acaba conhecendo o sobrinho, e promete fazer visitas regulares aos dois.
Conta que Araquém, pai de Iracema, está muito velho e mal de saúde, devido à fuga de Iracema. Justo no período que Martim não está na aldeia, Iracema dá luz ao filho, ao qual dá o nome de Moacir. Sofrendo muito, não se alimentando, e por ter dado à luz recentemente, Iracema não suporta mais viver e acaba morrendo logo após (...)
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