domingo, 25 de maio de 2014

ORALIDADE/

 Planejamento do texto: além de cuidar do conteúdo (uma preocupação comum a todas a situações comunicativas), um seminário exige a preocupação com a forma como as informações são passadas, que não pode ser a mesma usada com os colegas no dia-a-dia. Por isso, é necessário trabalhar as diferenças entre a língua formal e a informal. 

Estrutura da exposição: o conteúdo precisa ser apresentado de forma clara e coerente - o objetivo é facilitar a compreensão de seu sentido geral. Para que isso ocorra, o texto oral deve ter uma seqüência organizada: fase de abertura, introdução ao tema, desenvolvimento, conclusão e encerramento. 

Características da fala: o tom e a intensidade da voz do expositor devem criar um clima propício para a interação com a platéia. 

Postura corporal: olhares, gestos, expressões faciais e movimentos corporais são importantes para complementar as informações transmitidas pela fala. Esses recursos auxiliam a mobilizar a escuta atenta.

Olimpíadas de Língua Portuguesa

Literatura Brasileira » Coleções » Melhores Crônicas

Melhores Crônicas Ivan Angelo
  • 1ª edição
  • Formato: 14x21
  • 336 páginas
  • ISBN 978-85-260-1187-8

Melhores Crônicas Ivan Angelo

Autor : Ivan Angelo
Seleção e Prefácio : Humberto Werneck
O escritor autêntico está sempre oferecendo surpresas. Agradáveis, obviamente. Um dos mais importantes romancistas da literatura brasileira contemporânea, com audiência internacional, dono de um texto exemplar, Ivan Angelo ocupa também um lugar de destaque na crônica brasileira atual. Surpresa? Para muitos leitores, sim.
É que o cronista Ivan Angelo, durante algum tempo, atuou sobretudo em publicações regionais e numa atividade mais ou menos bissexta. A partir de 1999 passou a ocupar uma página quinzenal na revista Veja SP, de circulação restrita à cidade de São Paulo. Dessa forma, a publicação de suas Melhores Crônicas vai surpreender a muito leitor, pelo Brasil afora, revelando um cronista ágil, bem-humorado (o velho humor mineiro), mas sobretudo muito envolvente, desses que prendem o leitor pelo título, aumentam o seu interesse na primeira frase e só o libertam na última linha.
Herdeiro de uma tradição que vem de Machado de Assis, passando por Carlos Drummond de Andrade e Rubem Braga, Ivan Angelo aprendeu com todos eles os matizes do gênero, para melhor impor a sua personalidade, a sua maneira própria e inconfundível de escrever e ver o mundo, na qual o interesse pelos fatos cotidianos se entrelaça à atenção com àquela zona fugidia de vida pessoal, que parece independente do tempo, reino mágico de cada ser humano. Esse é um dos segredos do cronista. O outro consiste em escrever de tal forma que a crônica atue "como uma relação pessoal entre o narrador e o leitor, como se fosse escrita só para esse leitor", segundo as suas próprias palavras.
Como observa Humberto Werneck no prefácio, "já deliciosas no varejo do jornal e da revista, reunidas em livro as crônicas de Ivan Angelo ficam ainda melhores – umas trabalham pelas outras, todas ganham corpo, o conjunto compõe uma exata combinação de sabores". O leitor é quem sai ganhando.

Estrutura e formação das palavras

Análise da estrutura das palavras e os processos de formação.
Análise da estrutura das palavras e os processos de formação.
Conceitos básicos: 

Observe as seguintes palavras:
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo do elemento destacável -ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema.

Classificação dos morfemas:

Radical

Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação principal.

Afixos

Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol- criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome deprefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.

Desinências

Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).

Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desinências nominais e desinências verbais.
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina

Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.

• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
 


cant-á-va-mos
cant-á-sse-is
cant: radical
cant:
radical
-á-: vogal temática
-á-: vogal temática
-va-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do indicativo)
-sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo)
-mos:desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural)
-is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural)

Vogal temática

Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.

• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.

• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.
 


primeira conjugação
segunda conjugação
terceira conjugação
govern-a-va
estabelec-e-sse
defin-i-ra
atac-a-va
cr-e-ra
imped-i-sse
realiz-a-sse
mex-e-rá
ag-i-mos

Vogal ou consoante de ligação 

As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, tricota.

Por Marina Cabral

domingo, 4 de maio de 2014

Correção da atividade nº 2 - turma 101

Gabarito da questão nº 2
A) metáfora
B) metáfora
    metonímia - "velas vãs" - lembranças
C) prosopopeia e comparação
D) metáfora e antonomásia
E) aliteração

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Semana de provas...

Dez conselhos úteis para se fazer uma prova

William Douglas
1) A primeira coisa que se precisa em uma prova é calma, tranqüilidade. Se você começar a ficar nervoso, sente-se e simplesmente respire. Respire calma e tranqüilamente, sentindo o ar, sentindo sua própria respiração. Após uns poucos minutos verá que respirar é um ótimo calmante.
Comece a ver a prova como algo agradável, como uma oportunidade, visualize-se calmo e tranqüilo. Lembre-se que "treino é treino e jogo é jogo" e que os jogadores gostam mesmo é de jogar: a prova é a oportunidade de jogar pra valer, à vera, de ir para o campeonato.
Fazer provas é bom, é gostoso, é uma oportunidade. Conscientize-se disso e enquanto a maioria estiver tensa e preocupada, você estará feliz e satisfeito. Um dos motivos pelos quais eu sempre rendi bem em provas é porque considero fazer provas algo agradável. Imagine só, às vezes a gente vai para uma prova desempregado e sai dela com um excelente cargo! Mesmo quando não passamos, a prova nos dá experiência para a próxima vez. Comece a ver, sentir e ouvir "fazer prova" como algo positivo, como uma ocasião em que podemos estar tranqüilos, calmos e onde podemos render bem.
2) Ao fazer uma prova, nunca perca de vista o objetivo: passar. O objetivo não é ser o primeiro colocado (o que é uma grande ilusão, já que ser o primeiro traz mais problemas do que vantagens). Também não é mostrar que é o bom, o melhor, o "sabe-tudo". O objetivo é acertar as questões, tentar fazer o máximo de pontos mas ficar feliz se acertar o mínimo para passar. Só isso.
3) A simplicidade e a objetividade são indispensáveis na prova, ladeadas com o equilíbrio emocional e o controle do tempo. Para passar lembre-se que você precisa responder àquilo que foi perguntado. Leia com atenção as orientações ao candidato e o enunciado de cada questão.
4) Em provas objetivas, seja metódico ao responder. Em provas dissertativas, seja objetivo e mostre seus conhecimentos. Por mais simples que seja a questão, responda-a fundamentadamente. No início e no final seja objetivo; no desenvolvimento (no miolo), procure demonstrar seus conhecimentos. Nessa parte, anote tudo o que você se recordar sobre o assunto e estabeleça relações com outros. Sem se perder, defina rapidamente conceitos e classificações. Se souber, dê exemplos. Aja com segurança: se não tiver certeza a respeito de um comentário, adendo ou exemplo, evite-o. "Florear" a resposta sem ter certeza do que está escrevendo não vale a pena. Isso só compensa se tratar-se do ponto central da pergunta, do cerne da questão. Nesse caso, se o erro não for descontado dos acertos, arrisque a resposta que lhe parecer melhor.
5) Utilize linguagem técnica. A linguagem de prova é formal, de modo que não se deixe enganar pela coloquial. Substitua termos, se preciso. Ex.: "Eu acho" "Eu entendo" "Entendo que".
6) Correção lingüística. Tão ruim quanto uma letra ilegível ou uma voz inaudível é a letra bonita ou a voz tonitruante com erros de português. O estudo da língua nunca é desperdício e deve ser valorizado. Além disso, a leitura constante aumenta a correção da exposição escrita ou falada.
7) Evitar vaidades ou "invenções". Muitos querem responder o que preferem, do jeito que preferem. Em provas e concursos temos que atentar para a simplicidade e para o modo de entender dominante e/ou do examinador. Aquela nossa tese e opinião inovadora, devemos guardá-la para a ocasião própria, que certamente não é a do concurso.
8) Tenha sempre humildade intelectual. Não queira parecer mais inteligente que o examinador ou criticá-lo. Não se considere infalível, sempre prestando atenção mesmo a questões fáceis ou aparentemente simples. Nunca despreze uma opinião diversa.
9) "Teoria da fluidez + Teoria do consumidor". Além desses cuidados, temos que ter um extra com alguns examinadores. Lembre-se que todo professor, quando aplica uma prova é, na prática, um examinador. A grande maioria dos examinadores aceita que o candidato tenha uma opinião divergente da sua. Há, contudo, alguns mestres e bancas um tanto mais inflexíveis, casos em que será exigido do candidato uma dose de fluidez, docilidade, suavidade e brandura.
Junte-se a isso o ensino daqueles que sabem atender ao consumidor: o importante é satisfazer o cliente, o cliente tem sempre razão, o atendimento é tão importante quanto o produto.
Esta técnica ensina que o candidato deve ser prudente e pragmático. Pragmatismo, anote-se, é a "doutrina segundo a qual a verdade de uma proposição consiste no fato de que ela seja útil, tenha alguma espécie de êxito ou de satisfação". O candidato precisa ter fluidez e maleabilidade suficientes para moldar-se à eventual inflexibilidade do examinador.
Se o seu professor só considera correta uma posição, devemos ter cuidado ao responder, pois a prova não é a ocasião mais adequada para um enfrentamento de idéias, até porque ele é quem dá a nota, havendo uma grande desigualdade de forças. Existem os momentos adequados para firmar nossas opiniões e pontos de vista e isso é absolutamente indispensável, desde que na hora certa.
Ao tratar do raciocínio jurídico, abordamos vários itens sobre como lidar com opiniões divergentes. Vou citar um exemplo do uso da "teoria". Ensinei a técnica para uma amiga, dias antes de fazermos uma prova. O professor vivia falando de louras fatais em sala. A prova era para criar um fato e analisá-lo sob o aspecto criminal. Criei um fato superelaborado e tirei apenas 5. No dia do resultado minha amiga me agradeceu pela "dica" da "teoria" pois a utilizou e tirou 10. Ela simplesmente criou uma história com o assassinato de uma loura, inclusive descrevendo sutilmente seus atributos. Ela simplesmente aplicou a técnica, escrevendo sobre um fato que nosso professor achava interessante. Eu mesmo esqueci de usar a técnica...
Eu não tirei uma nota melhor naquela prova porque perdi o foco, porque não prestei atenção (acuidade), porque esqueci do objetivo (tirar a melhor nota possível), porque não utilizei técnicas que eu já conhecia (essas mencionadas), porque escrevi o que eu queria (para me agradar) e não para agradar e atender à expectativa de quem estava mandando naquele jogo, porque deixei de atentar para a fluidez (fluência) em provas e porque não me adaptei às circunstâncias. Felizmente a nota foi suficiente para passar, mas poderia não ter sido.
Esta "teoria" não versa sobre não ter opinião mas sim sobre ser hábil o suficiente para adaptar a resposta a fim de obter o resultado almejado. Após o sucesso específico você poderá, a partir de uma situação melhor, lutar por seu ponto de vista.
Não estando em uma situação como a de candidato, não tenha medo de expor suas opiniões ou de contestar alguma premissa já estabelecida. Poucos têm suas próprias opiniões e a capacidade de inovar e analisar criticamente um fato ou problema. Se você o fizer, mesmo que alguém não goste, todos (inclusive quem não gostou) respeitarão você.
Contudo, sempre o faça de modo gentil, educado, técnico, equilibrado e profissional.
Se quiser contestar alguma idéia, conteste a idéia e não o seu autor ou defensor. Saiba a hora de ceder e a hora de enfrentar a oposição, a hora de lutar e a hora de celebrar um acordo.
Não tenha medo de ser diferente ou de mudar as estruturas consolidadas. Se você pensa, é possível que discorde e é assim que o mundo progride: mudando ou concluindo que a mudança não oferece um ganho compensador. Ao decidir sobre idéias e soluções, não se prenda a paradigmas antigos, prenda-se ao objetivo buscado.
A teoria do consumidor ainda possui outra aplicação preciosa. O cliente sempre tem razão, é ele quem deve ficar satisfeito, não é mesmo? Em concursos, o cliente é o examinador.
Sempre verifique o que ele quer e o atenda. Veja o que ele perguntou, o que quer saber, a letra bonita que quer ler, etc. Faça-o feliz e ele lhe retribuirá.
10) Letra legível, palavras audíveis. Se o examinador não consegue decifrar sua caligrafia nem ouvir sua voz, isso irá prejudicar a quem? Quem tem o maior interesse em ser lido, ouvido e entendido? Será que todos os examinadores, profissionais ocupados e atarefados, diante de centenas ou de milhares de provas para corrigir, terão tempo e compreensão diante de uma letra ilegível? Na hora da prova faça letra bonita, de preferência redondinha (ou, no mínimo, em caixa alta), a fim de que ela fique legível. Treine sua oratória para saber falar razoavelmente.